Metade do ano praticamente já passou e a economia brasileira oscilou bastante durante o período. Com a inflação cada vez mais alta, a concessão de crédito também vem aumentando.

Para que as empresas se mantenham firmes diante do cenário atual, é preciso investimento financeiro para fazer com que tudo permaneça dentro do planejado. No entanto, muitas delas não conseguem o empréstimo e acabam por partir para outras opções, como a cessão de créditos.

A fim de explicar um pouco mais sobre tudo isso que o país tem vivido – economicamente falando –, convidamos Daniele Isaac, gerente de projetos na Solve Securitizadora, para conversar com a gente. Formada em Direito pela Universidade Cidade São Paulo e com um MBA em andamento pela Fundação Getúlio Vargas, Daniele já atuou em grandes empresas, como HSBC e Prospect Securitizadora.

Acompanhe o nosso bate-papo a seguir.

Portal Cessão de Créditos: Daniele, em primeiro lugar, pode contar um pouco aos nossos leitores sobre o que é a Solve e o que ela faz no mercado?

Daniele Isaac: A Solve é uma empresa especializada na aquisição e recuperação de ativos estressados. Ela nasceu com o propósito específico de promover a reabilitação de carteiras de créditos inadimplidos, possibilitando, em parte, solução de recuperação de crédito para instituições financeiras e, consequentemente, oportunizando ao devedor possibilidades de recuperar a sua saúde financeira.

Diante desse contexto, acreditamos que temos um papel importante para a sociedade, pois contribuímos com a sustentabilidade e crescimento econômico do nosso país, visto que nossas ações visam o retorno de capital ao mercado.

Partindo desse princípio, nos preocupamos em construir uma estrutura operacional composta por profissionais com experiência em contratos empresariais, contencioso cível e recuperação de créditos, dando destaque a gestão otimizada dos processos.

Atualmente, movimentamos 1 bilhão de ativos, equivalente a 4 bilhões de face, compostos por operações variadas com a particularidade de serem adquiridas com recursos próprios.

Portal: Apesar dos casos de Covid-19 já estarem em um patamar menor, a economia brasileira ainda tem sofrido bastante. Você acredita que a cessão de créditos tem ajudado as empresas a se recuperarem financeiramente? De que forma?

Daniele: De acordo com os dados do Mapa de Empresas, publicados pelo Ministério da Economia em 09/02/2022, mais de 1 milhão e 400 mil empresas foram fechadas em 2021. Isso representa cerca de 34% quando comparado ao mesmo período do ano anterior. Esses números refletem a dificuldade que os empresários ainda estão enfrentando e o que possivelmente ainda está por vir.

Diante disso, consideramos que contribuímos de forma positiva na recuperação financeira dessas empresas. Como já citado, possuímos uma equipe com expertise, cujo foco é traçar estratégias jurídicas de recuperação assertivas, criativas e de forma colaborativa, considerando os interesses das partes.

Portal: Por falar na nossa economia, como a Solve tem encarado o cenário atual? Há alguma maneira específica de se trabalhar com os créditos inadimplidos nesse caso?

Daniele: Diante de todos os dados e índices, não tem como desconsiderar que estamos vivendo um momento de grandes incertezas, o que gera uma certa apreensão na montagem da estratégia da recuperação. Por outro lado, esse sentimento gera engajamento da equipe na busca do resultado, o que nos faz buscar mecanismos de análise e recuperação de crédito, visando aplicar medidas efetivas que tragam soluções que atendam o objetivo final da Solve.

Portal: O primeiro semestre de 2022 já está quase terminando. Diante disso, como você avalia o funcionamento do mercado de crédito até agora e o que espera dele até o fim do ano?

Daniele: Entendo que um mercado de crédito eficiente aumenta a produtividade da economia, gerando maior rentabilidade dos ativos. Partindo dessa premissa, considero que as perspectivas para o mercado de crédito no Brasil ainda são tímidas em relação a expectativas gerais.

Nas últimas décadas, o mercado brasileiro passou por mudanças que deram certo, contudo, outras intervenções foram mal sucedidas. Por conta disso, ainda nos deparamos com alto índice de inadimplência e baixo índice de recuperação do crédito, o que requer o desenvolvimento de ações ágeis e assertivas que tragam a estabilidade da economia.

A curto tempo, não vislumbro uma recuperação considerável, visto que estamos em um ano eleitoral, onde automaticamente ocorre retração de diversos setores e segmentos. Porém, me considero uma pessoa otimista e cautelosa, tenho confiança de que muito em breve iremos superar esse momento de grandes desafios e adversidades. Até lá, nos cabe ficar de olho nas oportunidades que esse nicho de mercado oferece.

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“Agradeço pelo convite e pela parceria.
Muito bom poder contribuir com este renomado espaço”.
Daniele Isaac

 

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