quarta-feira - 10 de abril de 2024

Inadimplência: tendências e perspectivas para 2024

Os gastos do final e do início do ano impactam bastante nas contas das famílias brasileiras. Materiais escolares, impostos, mensalidades, entre outras dívidas, ocasionam uma alta no número de famílias endividadas.

Atrelado aos fatos mencionados, em janeiro de 2024 houve um aumento no número de inadimplentes quando comparado ao mesmo período de 2023.

Segundo a Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL), cerca de 40,83% dos brasileiros estavam negativados em janeiro de 2024, número que aponta um crescimento de 3,78%  em relação a janeiro de 2023.

Por outro lado, a taxa de inadimplência caiu e ficou no patamar de 28,1% durante o mês de fevereiro, apesar da alta do mês anterior. Essas quedas e flutuações nas taxas de inadimplência têm sido frequentes desde setembro de 2023, como aponta a Pesquisa de Endividamento e Inadimplência do Consumidor (PEIC), divulgada em 8 de março.

Continue a leitura deste artigo para entender melhor a situação da inadimplência no Brasil em 2024.

Projeção da inadimplência

O endividamento das famílias é um assunto importante, pois afeta o mercado econômico e pode se tornar um problema para as empresas manterem suas atividades em dia diante da falta de recebimentos, criando uma cadeia de consequências danosas à economia.

Embora o crédito seja uma forma da população manter e utilizar o seu poder de compra, não se pode negar os riscos atrelados a ele, como o superendividamento de algumas famílias.

Diante disso, a Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC) projeta o crescimento do endividamento entre a população brasileira durante os próximos meses de 2024, atingindo 79,9% em dezembro. Contudo, o nível de brasileiros inadimplentes deve se consolidar com mais uma queda anual, encerrando 2024 por volta de 27,3%.

Quem deve mais e qual é o tipo da dívida?

Segundo a CNDL, representante do setor de varejo, a cada 10 brasileiros 4 estão negativados, apontando que as mulheres devem em maior quantidade que os homens, com 51,10% contra 48,90% respectivamente. A principal faixa etária das mulheres devedoras é a de 30 a 39 anos.

Sobre os tipos de dívidas adquiridas pela população, a pesquisa da CNC divulgou que o cartão de crédito se mantém no topo com 86,9%. Porém, outros tipos de dívidas estão presentes no dia a dia dos brasileiros, tais como:

  • Carnês: 15,8%;
  • Crédito pessoal: 9,9%;
  • Financiamento da casa: 8,7%;
  • Financiamento de carro: 8,6%;
  • Crédito consignado: 6%.

A pesquisa coletou dados de 18 mil consumidores de todos os estados e do Distrito Federal para fazer suas análises.

Opinião do Portal

Existem flutuações acerca das elevações e quedas nos números de inadimplentes. Embora o endividamento familiar esteja com uma projeção de crescimento durante 2024, a taxa de inadimplência deve se manter em queda.

No entanto, percebe-se que o aumento do endividamento da família poderá acarretar um aumento expressivo no número de inadimplentes logo nos primeiros meses de 2025.

Uma outra análise informa que uma parte da população brasileira conseguiu sair da inadimplência, o que pode estar relacionado com o programa Desenrola do Governo Federal.

Sendo assim, torna-se importante para o setor de cessão de créditos acompanhar as próximas atualizações para projetar quais cenários poderão estar diante dele no segundo semestre deste ano e nos primeiros meses de 2025.

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