dívidas: mão segurando cartão de crédito

quarta-feira - 16 de setembro de 2020

Os 3 maiores vilões dos endividados no Brasil

No final de agosto, foi divulgada mais uma edição da Pesquisa de Endividamento e Inadimplência do Consumidor (Peic), realizada todos os meses, há mais de 10 anos, pela Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC). Segundo os dados coletados, a quantidade de famílias com dívidas bateu novo recorde histórico em agosto, com a marca de 67,5%. Até então, a máxima tinha sido registrado no mês anterior, com índice de 67,4%.

Mesmo com esse número expressivo, o presidente da CNC, José Roberto Trados, declarou que os benefícios emergenciais ofertados pelo governo têm impactado positivamente as famílias de menor renda, uma vez que esse dinheiro é utilizado para comprar itens essenciais para a casa, bem como auxiliar no pagamento das despesas, mesmo que parcialmente.

Dentre os tipos de dívidas que a população possui, encontram-se no Top 3 o cartão de crédito (77,8%), os carnês (17,3%) e o financiamento de veículos (10,6%). Diante desse cenário, o Portal Cessão de Créditos resolveu explicar cada um desses itens, bem como listar algumas possibilidades para que a dívida seja quitada da melhor maneira possível. 

Cartão de crédito

Principal vilão quando se trata de dívidas, o cartão de crédito é uma forma prática de realizar pagamentos. Porém, quando ocorre um descontrole de seu uso, as faturas vão se acumulando e o valor aumentando.

De acordo com o Banco Central (BC), os juros aplicados nas operações com cartão de crédito rotativo subiram de 302,6% para 312% ao ano, um número exorbitante perante às possibilidades de quitar uma dívida sem se endividar ainda mais.

Para que o fluxo de compra no cartão diminua e o consumo seja mais saudável, sugere-se 3 ações quanto a esse tipo de pagamento:

  1. Evitar as compras por impulso;
  2. Priorizar as compras no débito;
  3. Renegociar as dívidas diretamente com os bancos ou administradoras de cartão.

Carnês

Os carnês aparecem em segundo lugar quando se trata das “dores de cabeça” das finanças do brasileiro. Mesmo com a ascensão do cartão de crédito, muitas pessoas ainda optam por essa forma de pagamento por conta dos juros serem menores ou por não possuírem conta bancária.

Conforme uma pesquisa realizada pelo Serviço de Proteção ao Crédito (SPC) e pela Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL), 3 em cada 10 brasileiros realizam compras no carnê. Além disso, a pesquisa ainda aponta que as classes que mais utilizam essa opção são as C, D e E.

Caso você tenha se endividado por conta de carnês, indica-se a prática destes 3 itens:

  1. Solicite ao credor os dados detalhados de todas as suas dívidas;
  2. Depois, organize-as por ordem de prioridade;
  3. Verifique em seu orçamento a parcela que você pode dispor para o pagamento de contas atrasadas.

Financiamento de veículos

Ter um carro próprio é sinônimo de independência e realização de um sonho. No entanto, muitos brasileiros não possuem dinheiro para pagar o automóvel de uma vez só ― é aí que entram os financiamentos.

Com a possibilidade de financiar tanto um carro 0 km quanto um usado, muitas pessoas deixam de pagar as parcelas do seu financiamento pela falta de dinheiro, ainda mais quando se tem juros no meio. Com base nos dados do BC, essa taxa diminuiu de maneira irrisória de junho para julho (de 19% para  18,9% ao ano), mas, mesmo assim, não foi capaz de dar fim à inadimplência dos consumidores.

Para quem não consegue mais pagar o seu financiamento, confira 3 opções do que se pode fazer:

  1. Vender o veículo para a própria concessionária;
  2. Renegociar o pagamento com a instituição financeira;
  3. Transferir o financiamento para outra pessoa.

Quer entender um pouco mais sobre os motivos da inadimplência no Brasil ser tão alta? Então leia o nosso artigo 8 em 10 brasileiros não foram ensinados sobre educação financeira.